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segunda-feira, 15 de abril de 2013

Filosofia

Filosofia (do grego Φιλοσοφία, literalmente «amor à sabedoria») é o estudo de problemas fundamentais relacionados à existência, ao conhecimento, à verdade, aos valores morais e estéticos, à mente e à linguagem.[1] Ao abordar esses problemas, a filosofia se distingue da mitologia e da religião por sua ênfase em argumentos racionais; por outro lado, diferencia-se das pesquisas científicas por geralmente não recorrer a procedimentos empíricos em suas investigações. Entre seus métodos, estão a argumentação lógica, a análise conceptual, as experiências de pensamento e outros métodos a priori.
A filosofia ocidental surgiu na Grécia antiga no século VI a.C. A partir de então, uma sucessão de pensadores originais - como Tales, Xenófanes, Pitágoras, Heráclito e Protágoras - empenhou-se em responder, racionalmente, questões acerca da realidade última das coisas, das origens e características do verdadeiro conhecimento, da objetividade dos valores morais, da existência e natureza de Deus (ou dos deuses). Muitas das questões levantadas por esses antigos pensadores são ainda temas importantes da filosofia contemporânea.[2]
Durante as Idades Antiga e Medieval, a filosofia compreendia praticamente todas as áreas de investigação teórica. Em seu escopo figuravam desde disciplinas altamente abstratas - em que se estudavam o "ser enquanto ser" e os princípios gerais do raciocínio – até pesquisas sobre fenômenos mais específicos – como a queda dos corpos e a classificação dos seres vivos. Especialmente a partir do século XVII, vários ramos do conhecimento começam a se desvencilhar da filosofia e a se constituir em ciências independentes com técnicas e métodos próprios (priorizando, sobretudo, a observação e a experimentação).[3] Apesar disso, a filosofia atual ainda pode ser vista como uma disciplina que trata de questões gerais e abstratas que sejam relevantes para a fundamentação das demais ciências particulares ou demais atividades culturais. A princípio, tais questões não poderiam ser convenientemente tratadas por métodos científicos.[4]
Por razões de conveniência e especialização, os problemas filosóficos são agrupados em subáreas temáticas: entre elas as mais tradicionais são a metafísica, a epistemologia, a lógica, a ética, a estética e a filosofia política.

font: wikipedia.org

Artes

A arte é uma forma de o ser humano expressar suas emoções, sua história e sua cultura através de alguns valores estéticos, como beleza, harmonia, equilíbrio. A arte pode ser representada através de várias formas, em especial na música, na escultura, na pintura, no cinema, na dança, entre outras.
Após seu surgimento, há milhares de anos, a arte foi evoluindo e ocupando um importantíssimo espaço na sociedade, haja vista que algumas representações da arte são indispensáveis para muitas pessoas nos dias atuais, como, por exemplo, a música, que é capaz de nos deixar felizes quando estamos tristes. Ela funciona como uma distração para certos problemas, um modo de expressar o que sentimos aos diversos grupos da sociedade.
Muitas pessoas dizem não ter interesse pela arte e por movimentos ligados a ela, porém o que elas não imaginam é que a arte não se restringe a pinturas ou esculturas, também pode ser representada por formas mais populares, como a música, o cinema e a dança. Essas formas de arte são praticadas em todo o mundo, em diferentes culturas. Atualmente a arte é dividida em clássica e moderna e qualquer pessoa pode se informar sobre cada uma delas e apreciar a que melhor se encaixar com sua percepção de arte.

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Arte grega

Ao falarmos sobre a arte grega, temos uma grande dificuldade comum a toda civilização que tem suas manifestações investigadas. Estando subordinada ao tempo e à cultura, a arte grega assume traços e características que variam bastante ao longo do tempo. Assim como nós, os interesses temáticos e estéticos da população grega variaram bastante com o passar dos séculos. Isso, sem contar que esse mesmo povo era formado por várias cidades-Estado e entrou em contato com outras civilizações do mundo antigo.
Se pudermos destacar um aspecto que difere a arte grega das outras civilizações, devemos então explorar a questão do lugar que a arte ocupou na vida desse povo. Ao contrário de outros povos, os gregos não restringiram o desenvolvimento de sua arte a um único aspecto de suas vidas (como a religião) e nem atrelou a mesma aos interesses de um único grupo social. Entretanto, isso não quer dizer que os gregos transformaram sua arte em um âmbito autônomo e livre de influências.
Umas das mais interessantes características da arte grega é a preocupação em se pensar e retratar as ações humanas. Com isso, vemos que os gregos estabelecem a exploração de temáticas que singularizam o aparecimento do homem nas artes. Ainda a esse respeito, podemos ver que a escultura e a pintura grega, por exemplo, reforçam ainda mais esse traço humanístico ao promover o desenvolvimento de técnicas que reproduziam o corpo com grande riqueza de detalhes.
No âmbito das artes cênicas, os gregos fundaram gêneros que até hoje organizam as várias modalidades do teatro contemporâneo. A tragédia e a comédia aparecem como textos em que os costumes, instituições e dilemas da existência eram discutidos através da elaboração de narrativas e personagens bastante elaboradas. Tendo grande prestigio entre a população, o teatro atraía os olhares de várias pessoas que se reuniam para admirar e discutir as peças encenadas publicamente.
Tão interessante como a observação da arte grega, podemos também notar que elementos estéticos criados por este povo ainda influenciam a arte contemporânea. Movimentos como o Renascimento, o Iluminismo e o Classicismo tiveram grande preocupação em retomar e refletir à luz dos referenciais lançados pelos gregos. De tal forma, é inegável que o legado artístico grego ainda tenha grande utilidade para se pensar o tempo presente.

Por Rainer Sousa
Mestre em História

domingo, 14 de abril de 2013

Biologia

Biologia
é a ciência que estuda os seres vivos (do grego βιος - bios = vida e λογος - logos = estudo, ou seja o estudo da vida). Debruça-se sobre o funcionamento dinâmico dos organismos desde uma escala molecular subcelular até o nível populacional e interacional, tanto intraespecíficamente quanto interespecíficamente, bem como a interação da vida com seu ambiente físico-químico. O estudo destas dinâmicas ao longo do tempo é chamado, de forma geral, de biologia evolutiva e contempla o estudo da origem das espécies e populações, bem como das unidades hereditárias mendelianas, os genes. A biologia abrange um espectro amplo de áreas acadêmicas frequentemente consideradas disciplinas independentes, mas que, no seu conjunto, estudam a vida nas mais variadas escalas. A vida é estudada à escala atômica e molecular pela biologia molecular, pela bioquímica e pela genética molecular, no que se refere à célula pela biologia celular e à escala multicelular pela fisiologia, pela anatomia e pela histologia.[1] A biologia do desenvolvimento estuda a vida ao nível do desenvolvimento ou ontogenia do organismo individual.
Subindo na escala para grupos de mais que um organismo, a genética estuda as bases da hereditariedade e da variação entre indivíduos. A etologia estuda o comportamento dos indivíduos. A genética populacional estuda a dinâmica dos alelos na população, enquanto que a sistemática trabalha com linhagens de muitas espécies.[2] As ligações de indivíduos, populações e espécies entre si e com os seus habitats são estudadas pela ecologia e as origens de tais interações pela biologia evolutiva.[3] Uma nova área, altamente especulativa, a astrobiologia (ou xenobiologia ou ainda exobiologia[4]) estuda a possibilidade de vida para lá do nosso planeta. A biologia clínica constitui a área especializada da biologia profissional, para Diagnose em saúde e qualidade de vida, dos processos orgânicos eticamente consagrados.

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Geopolítica

A geopolítica pode ser considerada uma ciência intimamente relacionada com o saber estratégico, ou seja, quando um Estado-nação se propõe a conhecer um determinado território que considera fundamental para a afirmação dos seus interesses soberanos.

Normalmente, geopolítica é uma palavra associada aos assuntos que envolvem relações internacionais, acordos diplomáticos e toda espécie de conflito entre países, culturas ou disputas territoriais. É muito comum as pessoas entenderem geopolítica com uma síntese dos acontecimentos atuais de nossa sociedade. Essas definições estão muito vinculadas aos meios de comunicação, mas o conceito de geopolítica e a sua distinção em relação à geografia política ainda é motivo de debates entre cientistas sociais de diversas áreas de conhecimento.
De fato, o conceito de geopolítica começou a ser desenvolvido a partir da segunda metade do século XIX por conta da redefinição de fronteiras na Europa e do expansionismo das nações europeias, o que ficou conhecido como imperialismo ou ainda neocolonialismo. Podemos destacar as análises realizadas pelo geógrafo alemão Friedrich Ratzel (1844-1904), responsável pela criação do determinismo geográfico e da Teoria do Espaço Vital. Num cenário político de unificação da Alemanha, em contraponto ao expansionismo já consolidado de Rússia, Inglaterra, França e até mesmo dos Estados Unidos, Ratzel ajudou a criar uma Geografia Alemã que se prontificou em justificar as conquistas territoriais da Alemanha.
Para Ratzel, a dominação plena de um determinado território caracterizaria o Estado. Dessa forma, o saber geopolítico apontaria para o Estado como centralizador de decisões estratégicas, o que legitimou as ações imperialistas da Alemanha, como pode ser observado nas disputas que originaram as duas grandes guerras e, em parte, nos preceitos utilizados pelo nazismo.
Em oposição aos postulados de Ratzel, podemos citar o geógrafo francês Paul Vidal de La Blache (1845-1918), que criou outra abordagem, conhecida como possibilismo. Ao final do século XIX a França ainda não tinha um conhecimento geográfico estabelecido e, com receio das pretensões alemãs, o Estado francês entregou a La Blache a responsabilidade de criar uma Geografia Francesa. Segundo La Blache, o espaçogeográfico não deveria ser o único objetivo de uma nação, pois seria preciso considerar o tempo histórico, as ações humanas e demais interações, o que na verdade acabou lançando as bases para uma geografia regional. Assim, a soberania sobre um território estaria vinculada ao conhecimento regional, como a compreensão das formas de relevo, aspectos climáticos, economia, população entre outros.
Dentro desse contexto podemos também citar o geógrafo britânico Halford Mackinder (1861-1947), que publicou no ano de 1904 o ensaio "O Pivô Geográfico da História”, que destacava o poder das conquistas territoriais continentais, apresentando uma maior preocupação com a ocupação da Europa Centro-Oriental, até porque os transportes terrestres começavam a favorecer a interiorização das ocupações, mudando um pouco as estratégias que até então depositavam maior importância nas conquistas marítimas.
Mas foi o jurista sueco Rudolf Kjellén (1864-1922), seguidor das ideias de Ratzel, quem criou o termo geopolítica no ano de 1916, procurando estabelecer relações entre os acontecimentos políticos e os aspectos geográficos. Cabe ressaltar que, nos dias atuais, a geopolítica é considerada como uma frente teórica que compreende o território e as suas nuances políticas, não apenas no plano externo como também nas questões internas a um determinado Estado-nação.
O período conhecido como Guerra Fria expressou muitos dos princípios da geopolítica, pois envolveu uma grande disputa ideológica e territorial entre duas potências, a União Soviética e os Estados Unidos, com grande ênfase no papel do Estado no que tange às decisões estratégicas e na definição de valores e padrões sociais.
Com o final da Guerra Fria, as maiores discussões geopolíticas correspondem ao combate ao terrorismo, à questão nuclear, às redefinições de fronteiras nos países africanos e do Oriente Médio e até mesmo aos problemas socioambientais. Algumas problemáticas como o aumento do alcance das organizações transnacionais frente aos Estados, o crescimento econômico chinês e a formação dos blocos econômicos podem ser agrupados em uma nova ramificação teórica conhecida como geoeconomia.
Por tudo isso que foi exposto, utilizaremos este canal de geopolítica não apenas para apresentar alguns dos temas atuais e os principais conflitos internacionais, mas contextualizar esses acontecimentos de forma crítica e engajada com teorias científicas.

Júlio César Lázaro da Silva
Colaborador Brasil Escola
Graduado em Geografia pela Universidade Estadual Paulista - UNESP
Mestre em Geografia Humana pela Universidade Estadual Paulista - UNESP

Geografia

A Geografia é a ciência que estuda o planeta Terra. Descreve as paisagens que resultaram da relação entre o homem e o natureza. Desde a mais alta antiguidade o homem se preocupava com o conhecimento do espaço em que vivia. Às vezes esse conhecimento era uma resposta desejada pela curiosidade. Outras vezes tais conhecimentos tinham objetivos econômicos ou políticos. O modo como é tratado sistematicamente o conhecimento da Terra é o objetivo específico da Geografia. A Geografia é uma disciplina que nasceu na própria origem humana. Mas só se tornou uma ciência somente depois que a civilização grega floresceu. A Geografia estuda a superfície terrestre. A origem etimológica do termo é derivada dos radicais gregos geo = "Terra" + graphein = "escrever". A superfície terrestre é composta basicamente da atmosfera, da litosfera, da hidrosfera e da biosfera. É o habitat, ou meio ambiente. Nela vivem os seres humanos, os animais e as plantas. A área da superfície da Terra é habitável. Ela apresenta diversas características. Uma das principais é a complexidade interativa dos elementos físicos, biológicos e humanos. Dentre esses elementos podemos citar o relevo, o clima, a água, o solo, a vegetação, a agricultura e a urbanização. Outra característica é como o ambiente varia muito de um lugar para outro, conforme os lados antagônicos: de um lado os trópicos e, por outro as regiões polares frias, os desertos áridos ao contrário das florestas equatoriais úmidas, as vastas planícies rebaixadas em contraposição às montanhas íngremes e as superfícies geladas e despovoadas em oposição às grandes metrópoles que ultrapassam os milhões de habitantes. Outra característica ainda é a regularidade de determinados fenômenos já registrados. Trata-se dos climáticos. A regularidade dos fenômenos climáticos permite que se generalize sua distribuição no espaço geográfico. Os exemplos mais verdadeiros são as medidas térmicas e pluviométricas. As medidas térmicas e pluviométricas são os principais elementos climáticos para a agropecuária e outras atividades feitas pelo homem. A geografia tem quatro preocupações particulares. Primeiro, a localização de seu objeto. Segundo, as inter-relações com os fenômenos (especialmente a relação entre a humanidade e o território, igualmente à ecologia). Terceiro, a regionalização. E, quarto, as áreas correlatas. Procura saber sobre os lugares onde há civilização, sua distribuição acima da superfície da Terra e os fatores de ambiente, cultura, economia e relativos à recursos da natureza. Esses fatores têm influência nessa distribuição. Trata-se de uma tentativa de respostas a perguntas sobre a possibilidade de reconhecimento populacional de uma região, modus vivendi e cultura e sobre os movimentos e relações ocorridas nos lugares diferenciados. Foi sistematizada como disciplina acadêmica em atribuição aos pesquisadores Alexander von Humboldt e Carl Ritter, que viveram no Século XIX. O profissional desta disciplina é o geógrafo. font: wikipedia.org

sábado, 13 de abril de 2013

Redação

Vanguardas Europeias

A estruturação do parágrafo

 Temos a noção de quão importante é a estruturação dos parágrafos, que permitem que o pensamento seja distribuído de forma lógica e precisa, com vistas a permitir uma efetiva interação entre os interlocutores. Obviamente que outros fatores relacionados à competência linguística do emissor participam deste processo, entre estes: pontuação adequada, utilização correta dos elementos coesivos, de modo a estabelecer uma relação harmônica entre uma ideia e outra, dentre outros.
Esteticamente, o parágrafo se caracteriza como um sutil recuo em relação à margem esquerda da folha, atribuído por um conjunto de períodos que representam uma ideia central em consonância com outras secundárias, resultando num efetivo entrelaçamento e formando um todo coeso. Quanto à extensão, é bom que se diga que não se trata de uma receita pronta e acabada, visto que a habilidade do emissor determinará o momento de realizar a transição entre um posicionamento e outro, permitindo que o discurso seja compreendido em sua totalidade.
Em se tratando de textos dissertativos, normalmente os parágrafos costumam ser assim distribuídos:
* Introdução – também denominada de tópico frasal, constitui-se pela apresentação da ideia principal, feita de maneira sintética e definida pelos objetivos aos quais o emissor se propõe.
* Desenvolvimento – fundamenta-se na ampliação do tópico frasal, atribuído pelas ideias secundárias, reconhecidas na exposição dos argumentos com vistas a reforçar e conferir credibilidade ora em discussão.
* Conclusão – caracteriza-se pela retomada da ideia central associando-a aos pressupostos mencionados no desenvolvimento, procurando arrematá-los de forma plausível. Pode, na maioria das vezes, constar-se de uma solução por parte do emissor no que se refere ao instaurar dos fatos.
Quanto aos textos narrativos, os parágrafos costumam ser caracterizados pelo predomínio dos verbos de ação, retratando o posicionamento dos personagens mediante o desenrolar do enredo, bem como pela indicação de elementos circunstanciais referentes à trama: quando, por que e com que ocorreram os fatos.
Nesta modalidade, a ocorrência dos parágrafos também se atribui à transcrição do discurso direto, em especial às falas dos personagens.
Referindo-se aos textos descritivos, sua utilização está relacionada pela minuciosa exposição dos detalhes acerca do objeto descrito, representado por uma pessoa, objeto, animal, lugar, uma obra de arte, dentre outros, de modo a permitir que o leitor crie o cenário em sua mente.
Colaborando na concretização destes propósitos, sobretudo pela finalidade discursiva – visando à caracterização de algo –, há o predomínio de verbos de ligação, bem como do uso de adjetivos e de orações coordenadas ou justapostas.

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Interpretação textual

Interpretação textual... Eis que nos deparamos com um assunto cuja relevância é indiscutível, dada a habilidade da qual devemos dispor uma vez imersos na condição de interlocutores. A começar pelo substantivo “interpretação”, oriundo do verbo interpretar, ou seja, analisar, compreender. Sim, compreender todo e qualquer discurso levando em consideração a essência, a ideia principal, ora traduzida por meio das palavras.
Por certo, tal tradução se efetivará se essas palavras não representarem para você apenas mais um emaranhado de ideias, incompreensíveis, obscuras, ofuscadas, enfim, não interpretáveis. Nesse sentido, torna-se necessário que antes de tudo você compreenda que toda linguagem, seja ela qual for, possui uma finalidade, um objetivo a cumprir. Ou seja, aquilo que o emissor se dispôs a elaborar não foi por acaso, pois ele realmente deseja obter a compreensão acerca daquilo que profere. Assim, o que pretende um humorista ao proferir uma anedota, um repórter ao produzir uma notícia, um anunciante ao deixar à mostra um panfleto, um fabricante ao elaborar um manual de instruções, um escritor ao produzir uma obra literária? Em todas essas circunstâncias se faz nítida a finalidade discursiva impressa na mensagem. 
Em face dessa realidade, diante de um texto você pode começar observando o título, uma vez que esse começo pode revelar grandes pistas acerca do assunto retratado. Em seguida, a ideia principal pode estar representada já no primeiro parágrafo. Para detectá-la, não somente nesse primeiro parágrafo, mas também nos seguintes, é necessário identificar a ideia-síntese de cada um deles, sobretudo checando as palavras-chave. Assim procedendo, torna-se bem mais fácil fazer a conexão existente em cada uma dessas partes, assim mesmo, todas entrelaçadas e justapostas entre si, formando um todo lógico e coerente. 
Outros aspectos, não menos importantes, dizem respeito aos conhecimentos relacionados aos fatos linguísticos e ao conhecimento de mundo, ou seja, as inferências que devem ser feitas diante de uma determinada expressão, de um determinado fato citado.
Um simples sinal de pontuação, como é o caso do uso de uma vírgula, pode ser decisivo para explicar o que pretende o emissor, dado o fato de tal recurso ser, muitas vezes, uma questão de estilo, de efeito a ser obtido e, sobretudo, decifrado. Também podem ser mencionados os demais sinais, as conjunções (sobretudo as adversativas), as relações de significado existente entre as palavras, enfim, muitos são os aspectos que prevalecem nesse momento.
E as inferências, qual o atributo a elas dado? Saiba que, não raras as vezes, o discurso não se mostra assim, tão às claras, isto é, por trás dele há uma intertextualidade, uma alusão, há outro aspecto que exige uma habilidade necessária para fazer determinadas “conexões”, digamos assim, entre as ideias abordas no discurso – aspecto esse que somente se torna materializado mediante o conhecimento de mundo, da realidade que nos cerca, dos quais devemos sempre dispor.
Com base em todos os pressupostos aqui elencados, gostaríamos ainda de fazer uma ratificação, com vistas a conscientizá-lo (a) acerca de uma realidade inquestionável: toda palavra, seja ela qual for, não se concebe como vã, sem significado, haja vista que possui um sentido, cabendo a você, em especial, decifrá-la em toda a sua essência.

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O uso da vírgula e seus pré-requisitos

Caso quiséssemos atribuir o uso da vírgula a cada pausa retratada pelo falante, concluiríamos que nossa pretensão se mostra aquém das reais possibilidades. Fato este decorrente das diferenças que se acentuam entre a fala e a escrita, visto que a riqueza melódica da oralidade não se compara ao convencionalismo da escrita.
A linguagem oral, via de regra, torna-se mais isenta de postulados pré-estabelecidos, posto que se condiciona a traços individuais do próprio emissor, cabendo a ele atribuir as possíveis entonações no momento em que achar convenientente. Ao passo que na linguagem escrita, tais pretensões estão sujeitas a normas que, indiscutivelmente, precisam estar em consonância com nossos conhecimentos. Para tanto, seguem em evidência algumas considerações dignas de nota, as quais se pautam por retratarem os casos em que se materializa ou não o uso da vírgula.
Circunstâncias em que usamos a vírgula:
a) Para isolar topônimos (nomes próprios relacionados a um determinado lugar), seguidos de sua respectiva data.
Ex: Maceió, 12 de fevereiro de 2009.
b) Separar orações coordenadas assindéticas (isentas de conectivos que as ligue).
Ex: Ao iniciar a reunião todos se apresentaram, começaram a discutir os assuntos pertinentes, chegando a um consenso muito antes do esperado.
c) Separar orações coordenadas sindéticas iniciadas pelas conjunções adversativas, alternativas, conclusivas ou explicativas.
Exemplos:
* Precisava urgentemente se decidir, ou somente trabalhava, ou estudava.
* A aluna obteve a primeira colocação nas olimpíadas de Matemática, logo se preparou muito para tal.
* Não me sinto preparada para esta viagem, pois tive que decidir rapidamente.
* Sinto-me honrada com suas desculpas, porém nossa amizade não será mais a mesma.
d) Isolar expressões explicativas, corretivas ou continuativas, uma vez representadas por: isto é, por exemplo, ou seja, aliás, dentre outras.
Exemplos:
* A violência social é um fato grave, ou melhor, assustador.
* Pretendo despachar os documentos em breve, isto é, na próxima semana.
e) Separar apostos e vocativos em uma oração.
Exemplos:
* Marcos, traga seu certificado assim que puder, pois preciso entregá-lo ao Departamento de Pessoal.
* Marta, irmã de Pedro, casou-se ontem.
f) Separar um adjunto adverbial, antecipado ou intercalado entre o discurso.
Exemplos:
* Naqueles tempos, havia uma maior interação entre as pessoas.
* Sem que ninguém esperasse, repentinamente, ela apareceu.

g) Isolar algumas orações intercaladas.
Ex: Precisamos, pois, estarmos atentos a tudo que acontece.
h) Isolar um complemento pleonástico antecipado ao verbo.
Ex.: Aos insensíveis|, por que não ignorá-los?
O.D. pleonástico
i) Indicar a supressão de um verbo subentendido na oração (recurso linguístico caracterizado pela elipse):
Ex.: Grande parte dos alunos estava trajada de Country; Patrícia, de caipira.
(A vírgula indica a supressão da locução verbal – estava trajada)
j) Separar termos coordenados em uma oração.
Ex: Aos domingos, reuniam-se todos os filhos, genros, noras, netos e bisnetos para uma agradável confraternização familiar.
l) Separar orações subordinadas adjetivas explicativas.
Ex: Santos Dumont, que é considerado o pai da aviação, foi o inventor do 14 Bis.
m) Separar orações adverbiais (desenvolvidas ou reduzidas), sobretudo, quando estas se antepuserem à oração principal.
Exemplos:
* Ao chegar em casa, percebi sua apreensão.
* Caso queira conversar comigo, avise-me antecipadamente.
Casos em que não se recomenda o uso da vírgula:
Não se usa a vírgula para separar termos que, do ponto de vista sintático, estabelecem diretamente uma ligação entre si. Eis as seguintes ocorrências:
a) Para separar sujeito do predicado.
Ex: Os alunos| estão todos eufóricos à espera dos resultados.
Sujeito               Predicado
b) Entre o verbo e seus complementos (objeto direto e indireto), mesmo que o objeto indireto se anteponha ao objeto direto.
Ex: Entreguei |aos clientes| os pedidos.
                          O. Indireto     | O. Direto.
c) Entre o nome e o adjunto adnominal ou o complemento nominal.
Exemplos:
* Seu relógio de pulso foi apreciado por todos.
                        Adjunto Adnominal
* Você tem amor à profissão.
                                Complemento Nominal
d) Entre a oração subordinada substantiva e a principal.

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Liberalismo x Socialismo

Entre os séculos XVIII e XIX, as diversas transformações que marcaram a Europa e o continente americano, possibilitaram o surgimento de novas concepções preocupadas em dar sentido ou teorizar a rápida ascensão do sistema capitalista. Para tanto, vários pensadores se debruçaram na árdua tarefa de negar, reformar ou legitimar as novas relações de ordem social, econômica e política que ganhavam fôlego em um mundo que passava a ter uma nova roupagem.
Uma das mais marcantes transformações trazidas pelo capitalismo foi, sem dúvida alguma, a sua impressionante capacidade de racionalizar o gasto dos recursos e gerar riquezas. Após a deflagração da Revolução Industrial, as possibilidades de se aperfeiçoar a exploração da mão-de-obra, da tecnologia e dos recursos naturais parecia ter alcançado patamares inimagináveis. Contudo, as transformações desse novo período histórico não se resumiam somente à implicações de caráter positivo.
Mesmo com o desenvolvimento de tais potencialidades e a criação de governos que prometiam colocar os homens em posição equivalente, a nova ordem consagrada pela burguesia tinha seus problemas. Em linhas gerais, a ordem capitalista e os governos liberais ainda conviviam com as desigualdades que promoviam a distinção dos indivíduos em classes sociais. Foi nesse contexto que surgiram duas grandes linhas interpretativas dessa nova realidade: o liberalismo e o socialismo.
A corrente liberal defendia os vários pressupostos que compunham essa nova realidade oferecida pelo capitalismo. Aprovavam o direito à propriedade privada, amplas liberdades no desenvolvimento das atividades comerciais e a igualdade dos indivíduos mediante a lei. Além disso, elogiavam a prosperidade do homem de negócios ao verem que sua riqueza beneficiava a sociedade como um todo. Dessa forma, ao acreditavam que a riqueza seria uma benesse acessível a todos que trabalhassem.
Com relação à miséria e as desigualdades, a doutrina liberal acredita que a pobreza do homem tem origem em seu fracasso pessoal. Para que pudesse superar essa situação de penúria, o pobre deveria ter uma postura colaborativa para com seus patrões tendo o cuidado em preservar os seus bens e dar o máximo de sua força de trabalho na produção de mais riquezas. Concomitantemente, lhe seria exigida paciência e fé enquanto virtudes que o ajudariam na superação de sua condição.
Partindo para a interpretação socialista, temos um outro tipo de compreensão que nega os argumentos liberais que tentavam naturalizar as desigualdades. O pensamento socialista, inspirado por pressupostos lançados pelo Rousseau, tenta enxergar esses problemas como conseqüência das relações sociais estabelecidas entre os homens. Seguindo tal linha, os socialistas passariam a realizar uma crítica ao comportamento assumido pelos homens em sociedade que estabelecia tais diferenciações.
Dessa forma, os argumentos que justificavam as desigualdades por meio do fracasso pessoal perdem terreno para o questionamento profundo de toda a lógica que formava a sociedade capitalista. Antes de apontar o progresso do capital como um benefício, os socialistas realizam uma investigação que vai detectar na oposição entre as classes sociais a força que opera grande parte dessas relações e problemas da sociedade.
Tendo suas bases lançadas, liberalismo e socialismo vão compor duas matrizes interpretativas distintas e, algumas vezes, opostas. Contudo, esses pressupostos serão posteriormente reinterpretados em um processo de compreensão da sociedade que, até hoje, apresenta novas possibilidades. Por isso, novos intelectuais se debruçam na mesma importante tarefa de se compreender, criticar e apontar alternativas para nossos moldes de desenvolvimento.

Por Rainer Sousa
Graduado em História
Equipe Brasil Escola

Libertação dos escravos

Os primeiros movimentos contra a escravidão foram feitos pelos missionários jesuítas, que combateram a escravização dos indígenas mas toleraram a dos africanos. O fim gradual do tráfico negreiro foi decidido, no Congresso de Viena, em 1815. Desde 1810, a Inglaterra fez uma série de exigências a Portugal, e passou, a partir de 1845, a reprimir violentamente o tráfico internacional de escrvos, amparada na lei inglessa chamada Lei Aberdeen. Em 1850, a Lei Eusébio de Queirós aboliu o tráfico internacional de escravos no Brasil.
Em 1871, o Parlamento Brasileiro aprovou e a Princesa Isabel sancionou a Lei 2.040, conhecida como Lei Rio Branco ou Lei do Ventre Livre, determinando que todos os filhos de escravos nascidos desde então seriam livres a partir dos 21 anos.
Em 28 de setembro de 1885, promulgou-se uma outra lei, a Lei dos Sexagenários (Lei Saraiva–Cotegipe) que determinava a "extinção gradual do elemento servil" e criava fundos para a indenização dos proprietários de escravos e determinava que escravos a partir de 60 anos poderiam ser livres.[49] Assim, com estas duas leis (Ventre Livre e Sexagenários), a abolição dos escravos seria gradativa, com os escravos sendo libertos ao atingirem a idade de 60 anos.
Em 1880, fora criada a Sociedade Brasileira Contra a Escravidão que, juntamente com a Associação Central Abolicionista[50] e outras organizações, passou a ser conhecida pela Confederação Abolicionista[51] liderada por José do Patrocínio, filho de uma escrava negra com um padre. Em 1884, os governos do Ceará e do Amazonas aboliram, em seus territórios, a escravidão, no que foram pioneiros.
As fugas de escravos aumentram muito, após 1885, quando foi abolida a pena de açoite para os negros fugidos, o que estimulou as fugas. O exército se negava a perseguir os negros fugidos. Há que lembrar ainda os Caifases, liderados por Antônio Bento,[51] que promoviam a fuga dos negros, perseguiam os capitães-de-mato e ameaçavam os senhores escravistas.[52] Em São Paulo, a polícia, em 1888, também não ia mais atrás de negros fugidos.
A abolição definitiva era necessária. Há divergências sobre o número de escravos existentes em 1888. Havia, segundo alguns estudiosos, 1.400.000 escravos para população de 14 milhões habitantes: cerca de 11%.[51] Porém, segundo a matrícula de escravos, concluída em 30 de março de 1887, o número de escravos era apenas 720.000.[53]
Finalmente, o presidente do Conselho de Ministros do "Gabinete de 10 de março", João Alfredo Correia de Oliveira, do Partido Conservador, promoveu a votação de uma lei que determinava a extinção definitiva da escravidão no Brasil. Em 13 de maio de 1888, a Princesa Isabel sancionou a Lei Áurea, que já havia sido aprovada pelo Parlamento, abolindo toda e qualquer forma de escravidão no Brasil. Logo após a Princesa assinar a Lei Áurea, ao cumprimentá-la, João Maurício Wanderley, o barão de Cotejipe, o único senador que votou contra o projeto da abolição da escravatura, profetizou: "A senhora acabou de redimir uma raça e perder o trono"!
— Barão de Cotegipe

A aristocracia escravista, oligarquia rural arruinada com a abolição sem indenização, culpou o governo e aderiu aos vários partidos republicanos existentes, especialmente ao Partido Republicano Paulista e o PRM, que faziam na oposição ao regime monárquico, assim, uma das conseqüências da abolição seria a queda da monarquia. Pequenos proprietários que não podiam recorrer a mão de obra assalariada fornecida pelos imigrantes europeus também ficaram arruinados. Apenas a economia cafeeira do oeste paulista, porém, quando comparada à de outras regiões, não sofreu abalos, pois já se baseava na mão-de-obra livre, assalariada. Muitos escravos negros permaneceram no campo, praticando uma economia de subsistência, em pequenos lotes, outros buscaram as cidades, onde entraram num processo de marginalização. Desempregados, passaram a viver em choças e barracos nos morros e nos subúrbios.
E de acordo com a análise de Everardo Vallim Pereira de Souza, reportando-se às consideração do Conselheiro Antônio da Silva Prado, as conseqüências da abolição dos escravos, em 13 de maio de 1888, deixando sem amparo os ex-escravos, foram das mais funestas: Segundo a previsão do Conselheiro Antônio Prado, decretada de afogadilho a “Lei 13 de maio”, seus efeitos foram os mais desastrosos. Os ex-escravos, habituados à tutela e curatela de seus ex-senhores, debandaram em grande parte das fazendas e foram "tentar a vida" nas cidades; tentâme aquele que consistia em: aguardente aos litros, miséria, crimes, enfermidades e morte prematura. Dois anos depois do decreto da lei, talvez metade do novo elemento livre havia já desaparecido! Os fazendeiros dificilmente encontravam "meieiros" que das lavouras quisessem cuidar. Todos os serviços desorganizaram-se; tão grande foi o descalabro social. A parte única de São Paulo que menos sofreu foi a que, antecipadamente, havia já recebido alguma imigração estrangeira; O geral da Província perdeu quase toda a safra de café por falta de colhedores!
— Everardo Vallim Pereira de Souza

[54]
O Brasil foi o último país independente do continente americano a abolir a escravatura. O último país do mundo a abolir a escravidão foi a Mauritânia, somente em 9 de novembro de 1981, pelo decreto de número 81.234.

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Império (1822-1889)

Após a declaração da independência, o Brasil foi governado por Dom Pedro I até o ano de 1831, período chamado de Primeiro Reinado, quando abdicou em favor de seu filho, Dom Pedro II, então com cinco anos de idade.
Logo após a independência, e terminadas as lutas nas províncias contra a resistência portuguesa, foi necessário iniciar os trabalhos da Assembléia Constituinte. Esta havia sido convocada antes mesmo da separação, em julho de 1822; foi instalada, entretanto, somente em maio de 1823. Logo se tornou claro que a Assembléia iria votar uma constituição restringindo os poderes imperiais (apesar da idéia centralizadora encampada por José Bonifácio e seu irmão Antônio Carlos de Andrada e Silva). Porém, antes que ela fosse aprovada, as tropas do exército cercaram o prédio da Assembléia, e por ordens do imperador a mesma foi dissolvida, devendo a constituição ser elaborada por juristas da confiança de Dom Pedro I. Foi então outorgada a constituição de 1824, que trazia uma inovação: o Poder Moderador. Através dele, o imperador poderia fiscalizar os outros três poderes.
Surgiram diversas críticas ao autoritarismo imperial, e uma revolta importante aconteceu no Nordeste: a Confederação do Equador. Foi debelada, mas Dom Pedro I saiu muito desgastado do episódio. Outro grande desgaste do Imperador foi por o Brasil na Guerra da Cisplatina, onde o país não manteve o controle sobre a então região de Cisplatina (hoje, Uruguai). Também apareciam os primeiros focos de descontentamento no Rio Grande do Sul, com os farroupilhas.

Pedro Américo: O Grito do Ipiranga, 1888. Museu Paulista.
Em 1831 o imperador decidiu visitar as províncias, numa última tentativa de estabelecer a paz interna. A viagem deveria começar por Minas Gerais; mas ali o imperador encontrou uma recepção fria, pois acabara de ser assassinado Líbero Badaró, um importante jornalista de oposição. Ao voltar para o Rio de Janeiro, Dom Pedro deveria ser homenageado pelos portugueses, que preparavam-lhe uma festa de apoio; mas os brasileiros, discordando da festa, entraram em conflito com os portugueses, no episódio conhecido como Noite das Garrafadas.
Dom Pedro tentou mais uma medida: nomeou um gabinete de ministros com suporte popular. Mas desentendeu-se com os ministros e logo depois demitiu o gabinete, substituindo-o por outro bastante impopular. Frente a uma manifestação popular que recebeu o apoio do exército,não teve muita escolha, assim criou o quinto poder. Mas não deu certo a idéia, e não restou nada ao imperador a não ser a renúncia, no dia 7 de abril de 1831.
Período regencial
Ver artigo principal: Período regencial
Durante o período de 1831 a 1840, o Brasil foi governado por diversos regentes, encarregados de administrar o país enquanto o herdeiro do trono, D. Pedro II, ainda era menor.[3] A princípio a regência era trina, ou seja, três governantes eram responsáveis pela política brasileira, no entanto com o ato adicional de 1834, que, além de dar mais autonomia para as províncias, substituiu o caráter tríplice da regência por um governo mais centralizador.
O primeiro regente foi o Padre Diogo Antônio Feijó , que notabilizou-se por ser um governo de inspirações liberais, porém, devido às pressões políticas e sociais, teve que renunciar.[43] O governo de caráter liberal caiu para dar lugar ao do conservador Araújo Lima, que centralizou o poder em suas mãos, sendo atacado veementemente pelos liberais, que só tomaram o poder devido ao golpe da maioridade. Destacam-se neste período a instabilidade política e a atuação do tutor José Bonifácio, que garantiu o trono para D. Pedro II.
Teve início neste período a Revolução Farroupilha, em que os gaúchos revoltaram-se contra a política interna do Império, e declararam a República Piratini. Também neste período ocorreram a Cabanada, de Alagoas e Pernambuco; a Cabanagem, do Pará; a revolta dos Malês e a Sabinada, na Bahia; e a Balaiada, no Maranhão.

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Inconfidência Mineira

A Inconfidência Mineira foi um movimento que partiu da elite de Minas Gerais. Com a decadência da mineração na segunda metade do século XVIII, tornou-se difícil pagar os impostos exigidos pela Coroa Portuguesa. Além do mais, o governo português pretendia promulgar a derrama, um imposto que exigia que toda a população, inclusive quem não fosse minerador, contribuísse com a arrecadação de 20% do valor do ouro retirado. Os colonos se revoltaram e passaram a conspirar contra Portugal.
Em Vila Rica (atual Ouro Preto), participavam do grupo, entre outros, os poetas Cláudio Manuel da Costa e Tomás Antônio Gonzaga, os coronéis Domingos de Abreu Vieira e Francisco Antônio de Oliveira Lopes, o padre Rolim, o cônego Luís Vieira da Silva, o minerador Inácio José de Alvarenga Peixoto e alferes Joaquim José da Silva Xavier, apelidado Tiradentes. A conspiração pretendia eliminar a dominação portuguesa e criar um país livre.[2] Pela lei portuguesa a conspiração foi classificada como "crime de lesa-majestade", definida como "uma traição contra a pessoa do rei" nas ordenações afonsinas.
A forma de governo escolhida foi o estabelecimento de uma República, inspirados pelas idéias iluministas da França e da recente independência norte-americana. Traídos por Joaquim Silvério dos Reis, que delatou os inconfidentes para o governo, os líderes do movimento foram detidos e enviados para o Rio de Janeiro, onde responderam pelo crime de inconfidência (falta de fidelidade ao rei), pelo qual foram condenados. Em 21 de abril de 1792, Tiradentes, de mais baixa condição social, foi o único condenado à morte por enforcamento. Sua cabeça foi cortada e levada para Vila Rica. O corpo foi esquartejado e espalhado pelos caminhos de Minas Gerais. Era o cruel exemplo que ficava para qualquer outra tentativa de questionar o poder de Portugal. Apesar de considerada cruel hoje o enforcamento e esquartejamento do corpo, no contexto da época a pena foi menos cruel que a pena aplicada, naquela mesma época, à família Távora, no Caso Távora, por igual crime de lesa-majestade, foi condenação à fogueira.
O crime de lesa-majestade era o mais grave dos regimes monarquistas absolutistas e era definido pelas ordenações filipinas, como traição contra o rei. Crime este comparado à hanseníase pelas Ordenações filipinas, no livro V, item 6:
“Lesa-majestade quer dizer traição cometida contra a pessoa do Rei, ou seu Real Estado, que é tão grave e abominável crime, e que os antigos Sabedores tanto estranharam, que o comparavam à lepra; porque assim como esta enfermidade enche todo o corpo, sem nunca mais se poder curar, e empece ainda aos descendentes de quem a tem, e aos que ele conversam, pelo que é apartado da comunicação da gente: assim o erro de traição condena o que a comete, e empece e infama os que de sua linha descendem, posto que não tenham culpa.”[37]
O caso específico de crime de lesa-majestade praticado pelos inconfidentes foi o caso número 5, previsto nas ordenações filipinas, que diz: Se algum fizesse conselho e confederação contra o rei e seu estado ou tratasse de se levantar contra ele, ou para isso desse ajuda, conselho e favor.

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Capitanias hereditárias (1532-1549)

As capitanias hereditárias

A apatia só iria cessar quando D. João III ascendeu ao trono. Na década de 1530, Portugal começava a perder a hegemonia do comércio na África Ocidental e no Índico. Circulavam insistentes notícias da descoberta de ouro e de prata na América Espanhola. Então, em 1532, o rei decidiu ocupar as terras pelo regime de capitanias, mas num sistema hereditário, pelo qual a exploração passaria a ser direito de família. O capitão e governador, títulos concedidos ao donatário, teria amplos poderes, dentre os quais o de fundar povoamentos (vilas e cidades), conceder sesmarias e administrar a justiça. O sistema de capitanias hereditárias implicava na divisão de terras vastíssimas, doadas a capitães-donatários que seriam responsáveis por seu controle e desenvolvimento, e por arcar com as despesas de colonização. Foram doadas aos que possuíssem condições financeiras para custear a empresa da colonização, e estes eram principalmente "membros da burocracia estatal" e "militares e navegadores ligados à conquista da Índia" (segundo Eduardo Bueno em "História de Brasil"). De acordo com o mesmo autor, a sugestão teria sido dada ao rei por Diogo de Gouveia,[31] ilustre humanista português, e respondia a uma "absoluta falta de interesse da alta nobreza lusitana" nas terras americanas.
Foram criadas, nesta divisão, quinze faixas longitudinais de diferentes larguras que iam de acidentes geográficos no litoral até o Meridiano das Tordesilhas,[nota 1] e foram oferecidas a doze donatários. Destes, quatro nunca foram ao Brasil; três faleceram pouco depois; três retornaram a Portugal; um foi preso por heresia (Tourinho) e apenas dois se dedicam à colonização (Duarte Coelho em Pernambuco e Martim Afonso de Sousa na Capitania de São Vicente).
Das quinze capitanias originais, apenas as capitanias de Pernambuco e de São Vicente prosperaram. As terras brasileiras ficavam a dois meses de viagem de Portugal. Além disso, as notícias das novas terras não eram muito animadoras: na viagem, além do medo de "monstros" que habitariam o oceano (na superstição européia), tempestades eram freqüentes; nas novas terras, florestas gigantescas e impenetráveis, povos antropófagos e não havia nenhuma riqueza mineral ainda descoberta. Em 1536, chegou o donatário da capitania da Baía de Todos os Santos, Francisco Pereira Coutinho, que fundou o Arraial do Pereira, na futura cidade do Salvador, mas se revelou mau administrador e foi morto pelos tupinambás.[32] Tampouco tiveram maior sucesso as capitanias dos Ilhéus e do Espírito Santo, devastadas por aimorés e tupiniquins.

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Extração de pau-brasil

pau-brasil
O pau-brasil (que os índios tupis chamavam de ibirapitanga) era a principal riqueza de crescente demanda na Europa. Estima-se que havia, na época do descobrimento, mais de 70 milhões de árvores do tipo, abundando numa faixa de 18 km do litoral do Rio Grande do Norte até a Guanabara. Quase todas foram derrubadas e levadas para a Europa. A extração foi tanta que atualmente a espécie é protegida para não sofrer extinção.
Para explorar a madeira, a Coroa adotou a política de oferecer a particulares, em geral cristãos-novos, concessões de exploração do pau-brasil mediante certas condições: os concessionários deveriam mandar seus navios descobrirem 300 léguas de terra, instalar fortalezas nas terras que descobrissem, mantendo-as por três anos; do que levassem para o Reino, nada pagariam no primeiro ano, no segundo pagariam um sexto e no terceiro um quinto. Os navios ancoravam na costa, algumas dezenas de marinheiros desembarcavam e recrutavam índios para trabalhar no corte e carregamento das toras, em troca de pequenas mercadorias como roupas, colares e espelhos (prática chamada de "escambo"). Cada nau carregava em média cinco mil toras de 1,5 metro de comprimento e 30 quilogramas de peso.
Em 1503, toda a terra do Brasil foi arrendada pela coroa a Fernão de Noronha (ou Loronha), e outros cristãos-novos, produzindo 20 mil quintais de madeira vermelha. Segundo Capistrano de Abreu, em Capítulos da História Colonial, cada quintal era vendido em Lisboa por 21/3 ducados, mas levá-lo até lá custava apenas meio ducado. Os arrendatários pagavam 4 mil ducados à Coroa.
Comerciantes de Lisboa e do Porto enviavam embarcações à costa para contrabandearem pau-brasil, aves de plumagem colorida (papagaios, araras), peles, raízes medicinais e índios para escravizar. Surgiram, assim, as primeiras feitorias. O náufrago Diogo Álvares, o Caramuru, estabeleceu-se desde 1510 na barra da Baía de Todos os Santos, onde negociava com barcos portugueses e estrangeiros. Outra feitoria foi chamada de Aldeia Velha de Santa Cruz, próxima ao local da descoberta.
Além dos portugueses, seus rivais europeus, principalmente franceses, passaram a freqüentar a costa brasileira para contrabandear a madeira e capturar índios. Os franceses contrabandearam muito pau-brasil no litoral norte, entre a foz do rio Real e a Baía de Todos os Santos, mas não chegaram a estabelecer feitoria. Outro ponto de contrabando, sobretudo no século XVII, foi o Morro de São Paulo (Bahia). Até que Portugal estabelecesse o sistema de capitanias hereditárias, a presença mais constante na terra era dos franceses. Estimulados por seu rei, corsários passam a freqüentar a Guanabara à procura de pau-brasil e outros produtos. Ganharam a simpatia dos índios tamoios, que a eles se aliaram durante décadas contra os portugueses.
Portugal, verificando que o litoral era visitado por corsários e aventureiros estrangeiros, resolveu enviar expedições militares para defender a terra. Foram denominadas expedições guarda-costas, sendo mais marcantes as duas comandadas por Cristóvão Jacques, de 1516-1519 e 1526-1528. Suas expedições tinham caráter basicamente militar, com missão de aprisionar os navios franceses que, sem pagar tributos à coroa, retiravam grandes quantidades do pau-brasil. A iniciativa teve poucos resultados práticos, considerando a imensa extensão do litoral e, como solução, Jacques sugeriu à Coroa dar início ao povoamento.
A expedição enviada em 1530 sob a chefia de Martim Afonso de Sousa tinha por objetivos explorar melhor a costa, expulsar os franceses que rondavam o sul e as cercanias do Rio de Janeiro, e estabelecer núcleos de colonização ou feitorias, como a estabelecida em Cabo Frio. Martim Afonso doou as primeiras sesmarias do Brasil. Foram fundados por esta expedição os núcleos de São Vicente e São Paulo, onde o português João Ramalho vivia como náufrago desde 1508 e casara-se com a índia Bartira, filha do cacique Tibiriçá. Em São Vicente foi feita em 1532 a primeira eleição no continente americano e instalada a primeira Câmara Municipal e a primeira vila do Brasil. A presença de Ramalho, que ajudava no contato com os nativos e instalara-se na aldeia de Piratininga, foi o que inspirou Martim Afonso a instalar a vila de São Vicente perto do núcleo que viria a ser São Paulo.
A mais polêmica expedição seria a de Francisco de Orellana que, em 1535, penetrando pela foz do rio Orinoco e subindo-o, descreve que numa única viagem, em meio de um incrível emaranhado de rios e afluentes amazônicos, teria encontrado o rio Cachequerique, raríssima e incomum captura fluvial que une o rio Orinoco aos rios Negro e Amazonas.

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Período colonial (1500-1808)

A chegada dos portugueses

O Tratado de Tordesilhas

O período compreendido entre o Descobrimento do Brasil em 1500, (chamado pelos portugueses de Achamento do Brasil), até a Independência do Brasil, é chamado, no Brasil, de Período Colonial. Os portugueses, porém, chamam este período de A Construção do Brasil, e o estendem até 1825- 1826 quando Portugal reconheceu a independência do Brasil.[14]
Há algumas teorias sobre quem foi o primeiro europeu a chegar nas terras que hoje formam o Brasil. Entre elas, destacam-se a que defende que foi Duarte Pacheco Pereira entre novembro e dezembro de 1498 [15][16] e a que argumenta que foi o espanhol Vicente Yáñez Pinzón no dia 16 de janeiro de 1500.[17][18] No entanto, oficialmente o Brasil foi descoberto em 22 de abril de 1500, pelo capitão-mor duma expedição portuguesa em busca das Índias, Pedro Álvares Cabral, que chegou ao litoral sul da Bahia, na região da atual cidade de Porto Seguro,[19] mais precisamente no distrito de Coroa Vermelha,[20]
No dia 9 de março de 1500, o português Pedro Álvares Cabral, saindo de Lisboa, iniciou viagem para oficialmente descobrir e tomar posse das novas terras para a Coroa, e depois seguir viagem para a Índia, contornando a África para chegar a Calecute.[21] Levava duas caravelas e 13 naus, e por volta de 1 500 homens[22] - entre os mais experientes Nicolau Coelho, que acabava de regressar da Índia;[22] Bartolomeu Dias, que descobrira o cabo da Boa Esperança,[22] e seu irmão Diogo Dias, que mais tarde Pero Vaz de Caminha descreveria dançando na praia em Porto Seguro com os índios, «ao jeito deles e ao som de uma gaita».[23] As principais naus se chamavam Anunciada, São Pedro, Espírito Santo, El-Rei, Santa Cruz, Fror de la Mar, Victoria e Trindade.[24] O vice-comandante da frota era Sancho de Tovar e outros capitães eram Simão de Miranda, Aires Gomes da Silva, Nuno Leitão,[25] Vasco de Ataíde, Pero Dias, Gaspar de Lemos, Luís Pires, Simão de Pina, Pedro de Ataíde, de alcunha o inferno, além dos já citados Nicolau Coelho e Bartolomeu Dias. Por feitor, a armada trazia Aires Correia, que havia de ficar na Índia,[22] e por escrivães Gonçalo Gil Barbosa e Pero Vaz de Caminha. Entre os pilotos, que eram os verdadeiros navegadores, vinham Afonso Lopes e Pero Escobar.

Âncoras levantadas em Lisboa, a frota passou por São Nicolau, no arquipélago de Cabo Verde, em 16 de março. Tinham-se afastado da costa africana perto das Canárias, tocados pelos ventos alísios em direção ao ocidente. Em 21 de abril, da nau capitânea avistaram-se no mar, boiando, plantas. Mais tarde surgiram pássaros marítimos, sinais de terra próxima. Ao amanhecer de 22 de abril ouviu-se um grito de "terra à vista", pois se avistou o monte que Cabral batizou de Monte Pascoal, no litoral sul da atual Bahia.
Ali aportaram as naus, discutindo-se até hoje se teria sido exatamente em Porto Seguro ou em Santa Cruz Cabrália (mais precisamente no ilhéu de Coroa Vermelha, no município de Santa Cruz Cabrália), e fizeram contato com os tupiniquins, indígenas pacíficos. A terra, a que os nativos chamavam Pindorama ("terra das palmeiras"), foi a princípio chamada pelos portugueses de Ilha de Vera Cruz e nela foi erguido um padrão (marco de posse em nome da Coroa Portuguesa). Mais tarde, a terra seria rebatizada como Terra de Santa Cruz e posteriormente Brasil. Estava situada 5.000 km ao sul das terras descobertas por Cristóvão Colombo em 1492 e 1.400 quilômetros aquém da Linha de Tordesilhas. Sérgio Buarque de Holanda descreve, em História Geral da Civilização Brasileira: Tendo velejado para o norte, acharam dez léguas mais adiante um arrecife com porto dentro, muito seguro. No dia seguinte, sábado, entraram os navios no porto e ancoraram mais perto da terra. O lugar, que todos acharam deleitoso, proporcionava boa ancoragem e podia abrigar mais de 200 embarcações. Alguma gente de bordo foi à terra, mas não pode entender a algaravia dos habitantes, diferente de todas as línguas conhecidas.
— Sérgio Buarque de Holanda

Detalhe da A Primeira Missa no Brasil de Victor Meirelles (1861).
No dia 26 de abril, um domingo (o de Pascoela), foi oficiada a primeira missa no solo brasileiro por frei Henrique Soares (ou frei Henrique de Coimbra),[22] que pregou sobre o Evangelho do dia. Batizaram a terra como Ilha da Vera Cruz no dia 1 de maio e numa segunda missa Cabral tomou posse das terras em nome do rei de Portugal. No mesmo dia, os navios partiram, deixando na terra pelo menos dois degredados e dois grumetes que haviam fugido de bordo. Cabral partiu para a Índia pela via certa que sabia existir a partir da costa brasileira, isto é, cruzou outra vez o Oceano Atlântico e costeou a África.
O rei D. Manuel I recebeu a notícia do descobrimento por cartas escritas por Mestre João, físico e cirurgião de D. Manuel[22] e Pero Vaz de Caminha, semanas depois. Transportadas na nau de Gaspar de Lemos, as cartas descreviam de forma pormenorizada as condições geográficas e seus habitantes, desde então chamados de índios. Atento aos objetivos da Coroa na expansão marítima, Caminha informava ao rei:[23] Nela até agora não podemos saber que haja ouro nem prata, nem alguma coisa de metal nem de ferro lho vimos; pero a terra em si é de muitos bons ares, assi frios e temperados como os d'antre Doiro e Minho, porque neste tempo de agora assi os achamos como os de lá; águas são muitas infindas e em tal maneira é graciosa, que querendo aproveitar-se dar-se-á nela tudo por bem das águas que tem; pero o melhor fruto que nela se pode fazer me parece que será salvar esta gente (…) boa e de boa simplicidade.
— Pero Vaz Caminha

Damião de Góis narra o descobrimento em sua língua renascentista: Navegando a loeste, aos xxiiij dias do mes Dabril viram terra, do que forão muito alegres, porque polo rumo em que jazia, vião não ser nenhuma das que até então eram descubertas. Padralures Cabral fez rosto para aquela banda & como forão bem à vista, mandou ao seu mestre que no esquife fosse a terra, o qual tornou logo com novas de ser muito fresca & viçosa, dizendo que vira andar gente baça & nua pela praia, de cabelo comprido & corredio, com arcos & frechas nas mãos, pelo que mandou alguns dos capitães que fossem com os bateis armados ver se isto era assi, os quaes sem sairem em terra tornaram à capitaina afirmando ser verdade o que o mestre dixera. Estando já sobrancora se alevantou de noite hum temporal, com que correram de longo da costa ate tomarem hum porto muito bom, onde Pedralures surgio com as outras naos & por ser tal lhe pos nome Porto Seguro.
— Damião de Góis

Além das cartas acima mencionadas, outro importante documento sobre o descobrimento do Brasil é o Relato do Piloto Anônimo. De início, a descoberta da nova terra foi mantida em sigilo pelo Rei de Portugal. O resto do mundo passou a conhecer o Brasil desde pelo menos 1507, quando a terra apareceu com o nome de América na carta (mapa) de Martin Waldseemüller, no qual está assinalado na costa o Porto Seguro.
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História do Brasil

A História do Brasil compreende, tradicionalmente, o período desde a chegada dos portugueses até os dias atuais, embora o seu território seja habitado continuamente desde tempos pré-históricos por povos indígenas. Após a chegada de Pedro Álvares Cabral, capitão-mor de expedição portuguesa a caminho das Índias, ao litoral sul da Bahia em 1500, a Coroa portuguesa implementou uma política de colonização para a terra recém-descoberta a partir de 1530. A colonização européia se organizou por meio da distribuição de capitanias hereditárias pela coroa portuguesa a membros da nobreza e pela instalação de um governo-geral em 1548.
A economia da colônia, iniciada com o extrativismo do pau-brasil e as trocas entre os colonos e os índios, gradualmente passou a ser dominada pelo cultivo da cana-de-açúcar para fins de exportação. Com a expansão dos engenhos e a ocupação de novas áreas para seu cultivo, o território brasileiro se insere nas rotas de comércio do velho mundo e passa a ser paulatinamente ocupado por senhores de terra, missionários, homens livres e largos contingentes de escravos africanos. No final do século XVII foram descobertas ricas jazidas de ouro nos atuais estados de Minas Gerais,[1] Goiás e Mato Grosso que foi determinante para o povoamento do interior do Brasil. Em 1789, quando a Coroa portuguesa anunciava a Derrama, medida para cobrar supostos impostos atrasados, eclodiu em Vila Rica (atual Ouro Preto) a Inconfidência Mineira. A revolta fracassou e, em 1792, um de seus líderes, Tiradentes, morreu enforcado.[2]
Em 1808, com a transferência da corte portuguesa para o Brasil, fugindo da sua possível subjugação da França, consequência da Guerra Peninsular travada entre as tropas portuguesas e as de Napoleão Bonaparte, o Príncipe-regente Dom João de Bragança, filho da Rainha Dona Maria I, abriu os portos da então colônia, permitiu o funcionamento de fábricas e fundou o Banco do Brasil. Em 1815, o então Estado do Brasil, apenas um Vice-reino do império português, tornou-se temporariamente a sede de um enorme reino que unia todo esse império, com a nova designação oficial de Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, em que a então Rainha Dona Maria I foi coroada. Com a morte da mãe, em 1816, o então Príncipe-regente Dom João de Bragança foi coroado o seu rei. Logo depois volta para o Reino de Portugal, deixando seu filho mais velho, Dom Pedro de Alcântara de Bragança, o príncipe real do reino unido, como regente do Brasil.
Em 7 de setembro de 1822, Dom Pedro de Alcântara proclamou a independência do Brasil em relação ao reino unido de Portugal, Brasil e Algarves, e fundou o Império do Brasil, sendo coroado imperador como Dom Pedro I. O mesmo reinou até 1831, quando abdicou e passou a Coroa brasileira ao seu filho, Dom Pedro de Alcântara, que tinha apenas cinco anos.[3] Aos catorze anos, em 1840, Dom Pedro de Alcântara(filho) teve sua maioridade declarada, sendo coroado imperador no ano seguinte, como Dom Pedro II. No final da primeira década do Segundo Reinado, o regime estabilizou-se. As províncias foram pacificadas e a última grande insurreição, a Revolta Praieira, foi derrotada em 1849. Nesse mesmo ano, o imperador extingue o tráfico de escravos. Aos poucos, os imigrantes europeus assalariados substituíram os escravos.[4] No contexto geopolítico, o Brasil se alia à Argentina e Uruguai e entra em guerra contra o Paraguai. No final do conflito, quase dois terços da população paraguaia estava morta. A participação de negros e mestiços nas tropas brasileiras na Guerra do Paraguai deu grande impulso ao movimento abolicionista e ao declínio da monarquia. Pouco tempo depois, em 1888, a princesa imperial do Brasil, D. Isabel de Bragança, filha de Dom Pedro II, assina a Lei Áurea, que extingue a escravidão no Brasil. Ao abandonar os proprietários de escravos, sem os indenizar, o império brasileiro perde a última base de sustentação.[1]
Em 15 de novembro de 1889, ocorre a proclamação da república pelo marechal Manuel Deodoro da Fonseca e tem início a República Velha, terminada em 1930 com a chegada de Getúlio Vargas ao poder. A partir daí, a história do Brasil destaca a industrialização do Brasil e a participação brasileira na Segunda Guerra Mundial ao lado dos Estados Unidos; o movimento militar de 1964, onde o general Castelo Branco assumiu a presidência.
O Regime Militar, a pretexto de combater a subversão e a corrupção, suprimiu direitos constitucionais, perseguiu e censurou os meios de comunicação, extinguiu os partidos políticos e criou o bipartidarismo. Após o fim do regime militar, os deputados federais e senadores se reuniram , em 1988, em assembléia nacional constituinte e promulgaram a nova Constituição, que amplia os direitos individuais. O país se redemocratiza,[1][5] avança economicamente[6] e cada vez mais se insere no cenário internacional.

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